Postulado 9

          Eliseu aumenta o azeite da viúva

1  E UMA mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor, para levar os meus dois filhos para serem servos.
2  E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3  Então disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas.
4  Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia.
5  Partiu, pois, dele, e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam as vasilhas, e ela as enchia.
6  E sucedeu que, cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Traze-me ainda uma vasilha. Porém ele lhe disse: Não há mais vasilha alguma. Então o azeite parou.
7  Então veio ela, e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.

          A sunamita e o seu filho

8  Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher importante, a qual o reteve para comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava por ali entrava para comer pão.
9  E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus.
10  Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro, e ali lhe ponhamos uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se recolherá.
11  E sucedeu que um dia ele chegou ali, e recolheu-se àquele quarto, e se deitou.
12  Então disse ao seu servo Geazi: Chama esta sunamita. E chamando-a ele, ela se pôs diante dele.
13  Porque ele tinha falado a Geazi: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao capitão do exército? E disse ela: Eu habito no meio do meu povo.
14  Então disse ele: Que se há de fazer por ela? E Geazi disse: Ora ela não tem filho, e seu marido é velho.
15  Por isso disse ele: Chama-a. E, chamando-a ele, ela se pôs à porta.
16  E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu SENHOR, homem de Deus, não mintas à tua serva.
17  E concebeu a mulher, e deu à luz um filho, no tempo determinado, no ano seguinte, segundo Eliseu lhe dissera.
18  E, crescendo o filho, sucedeu que um dia saiu para ter com seu pai, que estava com os segadores,
19  E disse a seu pai: Ai, a minha cabeça! Ai, a minha cabeça! Então disse a um moço: Leva-o à sua mãe.
20  E ele o tomou, e o levou à sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio dia, e morreu.
21  E subiu ela, e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou a porta, e saiu.
22  E chamou a seu marido, e disse: Manda-me já um dos moços, e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus, e volte.
23  E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.
24  Então albardou a jumenta, e disse ao seu servo: Guia e anda, e não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser.
25  Partiu ela, pois, e foi ao homem de Deus, ao monte Carmelo; e sucedeu que, vendo-a o homem de Deus de longe, disse a Geazi, seu servo: Eis aí a sunamita.
26  Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com teu filho? E ela disse: Vai bem.
27  Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, pegou nos seus pés; mas chegou Geazi para retirá-la; disse porém o homem de Deus: Deixa-a, porque a sua alma está triste de amargura, e o SENHOR me encobriu, e não me manifestou.
28  E disse ela: Pedi eu a meu SENHOR algum filho? Não disse eu: Não me enganes?
29  E ele disse a Geazi: Cinge os teus lombos, toma o meu bordão na tua mão, e vai; se encontrares alguém não o saúdes, e se alguém te saudar, não lhe respondas; e põe o meu bordão sobre o rosto do menino.
30  Porém disse a mãe do menino: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. Então ele se levantou, e a seguiu.
31  E Geazi passou adiante deles, e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não havia nele voz nem sentido; e voltou a encontrar-se com ele, e lhe trouxe aviso, dizendo: O menino não despertou.
32  E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama.
33  Então entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao SENHOR.
34  E subiu à cama e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu.
35  Depois desceu, e andou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre ele, então o menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos.
36  Então chamou a Geazi, e disse: Chama esta sunamita. E chamou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o teu filho.
37  E entrou ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou à terra; e tomou o seu filho e saiu.

          A morte que havia na panela é tirada

38  E, voltando Eliseu a Gilgal, havia fome naquela terra, e os filhos dos profetas estavam assentados na sua presença; e disse ao seu servo: Põe a panela grande ao lume, e faze um caldo de ervas para os filhos dos profetas.
39  Então um deles saiu ao campo a apanhar ervas, e achou uma parra brava, e colheu dela enchendo a sua capa de colocíntidas; e veio, e as cortou na panela do caldo; porque não as conheciam.
40  Assim deram de comer para os homens. E sucedeu que, comendo eles daquele caldo, clamaram e disseram: Homem de Deus, há morte na panela. Não puderam comer.
41  Porém ele disse: Trazei farinha. E deitou-a na panela, e disse: Dai de comer ao povo. E já não havia mal nenhum na panela.
42  E um homem veio de Baal-Salisa, e trouxe ao homem de Deus pães das primícias, vinte pães de cevada, e espigas verdes na sua palha, e disse: Dá ao povo, para que coma.
43  Porém seu servo disse: Como hei de pôr isto diante de cem homens? E disse ele: Dá ao povo, para que coma; porque assim diz o SENHOR: Comerão, e sobejará.
44  Então lhos pôs diante, e comeram e ainda sobrou, conforme a palavra do SENHOR.
 

Meus queridos irmãos temos aqui uma passagem bastante conhecida de alguns, porém é a primeira vez que se apresenta para muitos dos aqui presentes.
Foi com essas palavras que iniciou a exortação desta noite.
Temos a frente o tratamento que esta mulher sunamita, deu ao homem de Deus – Eliseu, e a recompensa que lhe foi dada da parte de Deus!
Essa mulher prestando atenção nos passos de Eliseu, e de sua missão como homem de Deus na terra, resolveu, com anuência / permissão de seu marido, construir um quarto, ao lado do muro de sua propriedade.
O que temos como primeiro conselho é prestarmos mais atenção nas coisas de Deus, nas coisas santas e sagradas em nossa vida.
Construiu um quarto... com uma mesa, uma cadeira, uma cama e um candeeiro.
Tomemos atenção nestes utensílios / móveis.
A cama servia para o homem de Deus descansar de sua jornada. A cadeira é para ele quando quisesse tomasse assento. Figurativamente falando temos então outro conselho: - Deixar que nosso Senhor Jesus tome assento e descanse em nosso coração. Ou seja descansamos e tomemos assento num lugar agradável, que nos dê essa segurança, é isto que Jesus quer, encontrar em nosso coração um bom lugar para ficar.
O candeeiro é um utensílio que ilumina o aposento, o ambiente no qual está, e se o pormos num lugar alto do aposento, o alcance da irradiação de luz torna-se mais abrangente / torna-se maior.
Vejam mais uma parte de como o Senhor fala conosco nesta noite: devemos dar lugar, e não um simples lugar, mas lugar alto, um lugar de destaque, onde todos possam ver e tomar proveito; devemos dar lugar a luz da Palavra de Deus em nossa vida; e aqueles que estão em nossa volta, em nosso convívio usufruirão também das benesses da Palavra. Todos tomam proveito do que é bom, daquilo que vem da mesa posta pelo Senhor, e se alimentam diretamente daquilo que vem do céu.
Neste ponto a Palavra tomou uma linha direcionada aos membros do ministério da obra de Deus na terra; deu-lhes um aviso acerca do grande dom que possuem em servir o Deus Altíssimo. Foi rogado a cuidarem muito bem do dom / da missão que possuem, do porteiro ao ancião; do irmão da administração ao diácono; da irmã da obra da piedade ao cooperador; do cooperador de jovens e menores aos músicos e organistas. A todos foi dito: - Zelem por aquilo que Deus lhes deu; pois é melhor que sejam recolhidos pelo Senhor, do que perderem esses dons / cargos por leviandades ou negligência diante da Palavra de Deus.
Que conselho, que conselho!!
Rogamos a Deus para dar força e resistência às tentações a todos que estão constituídos no ministério.
Foi rogada a toda a irmandade a apresentar todo o corpo ministerial da obra de Deus pois os ataques do inimigo de nossas almas são mais fortes e combativos naqueles que exercem um testemunho de fé e doutrina, são neles em primeiro lugar que o mal vai querer exercer influência!
Eliseu em ato de reconhecimento e gratidão pelo desvelo que a sunamita lhe tratara e a seu moço, Geazi, certo dia mandou chamá-la e disse-lhe: - que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao capitão do exército?
E disse ela: - Eu habito no meio do meu povo.
Querendo dizer que estava satisfeita, com a posição que se encontrava perante a sociedade.
Geazi contou a Eliseu que ela não tinha filho, e seu marido é velho. Eliseu profetizou-lhe: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho.
E ela não acreditou inicialmente... Para aqueles que auxiliam na obra de Deus de forma direta ou indireta, ou até mesmo com seu testemunho ou evangelização, para estes o Senhor dará um recompensa, uma grande recompensa. Inclusive se há alguma irmã pedindo um filho ao Senhor, eis a confirmação.
A recompensa do Senhor é tão maravilhosa que mesmo não esperando e mesmo achando impossível, ela vem pela grande misericórdia de Deus para com os seus.
A sunamita já havia descartado a hipótese de ser mãe, para ela era impossível, por isso teve a negação em sua mente a princípio.
Mas como abamos de ler não foi isto que lhe aconteceu, e gerou um filho, um filho que parecia-lhe impossível poder abraçar.
Aqueles que têm causas impossíveis aos olhos dos homens, causas nas mãos do Senhor, continuem confiando e esperando com paciência, porque o nosso é Deus, é o Deus do impossível, tudo pode, o que é impossível para o homem, para Deus é um pequeno gesto. Seu poder é tremendo! Aquele desejo mais secreto se for da vontade de Deus, Ele concederá!
O filho da sunamita cresceu e um determinado dia foi ter com seu pai e os segadores. E sucedeu que foi acometido por uma enfermidade, enfermidade de morte. E foi levado de volta à sua mãe.
A sunamita vendo aquele quadro terrível, e seu filho que esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia e morreu. Muito aflita, porém com fé deitou seu filho sobre a cama de Eliseu e mandou chamá-lo urgentemente, e foi ao seu encontro.
Na fé, mesmo diante de uma grande adversidade, disse a seu marido: - Tudo vai bem.
Quem tem Deus resolvendo, deliberando, curando, doutrinando... por nós, o que podemos dizer? Senão que tudo vai bem!!
A sunamita ao ter encontrado Eliseu prostrou-se e pegou nos seus pés, sua alma estava triste de amargura.
Eliseu notificado da situação encaminhou-se para o quarto em que jazia o jovem morto. Fechou a porta e orou ao Senhor. E pela misericórdia de Deus o menino ressuscitou e foi entregue à sua mãe sunamita.
Aquilo que foi preparado por Deus e lhe foi tirado por obra do inimigo, o Senhor disse pela Palavra: - Vou devolver tudo aquilo que lhe tiraram. As bênçãos que Eu dei (dou) ninguém a pode tirar. Que sejam reparadas todas as perdas provocadas pelo inimigo. Nenhum filho Meu, nenhuma filha Minha ficarão sem a sua porção! Deus seja louvado! Amém!
Glória a Deus! Bendito é o Nome do Senhor! Glória a Jesus!